Nome: Roberto Repetto
Posição: : Atacante
Nascimento:
Local de Nascimento:
Período No Cruzeiro: 1971-1972 (18 jogos)
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Biografia
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Duplamente celeste, ex-jogador do Cruzeiro vira taxista em Montevidéu
Roberto Repetto, centroavante da Raposa no início dos anos 70, carrega fotos dos tempos em que defendeu o clube mineiro
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O senhor Roberto, 61 anos, transmite um olhar diferente ao descobrir que no banco de trás de seu táxi está um brasileiro, jornalista e que trabalha com futebol. Ao espiar pelo espelho retrovisor, ele parece querer contar algo, parece querer revelar uma história de orgulho, de lembranças felizes. Ao trocar o espanhol por um portunhol que quase abraça o português, ele dá a senha para a pergunta:
- O senhor já esteve no Brasil?
- Morei dois anos lá – responde.
- Ah, é? Fazendo o quê?
- Jogando futebol pelo Cruzeiro.
Aí Roberto deixa de ser simplesmente Roberto. Vira Repetto. No volante do carro, está o centroavante uruguaio que vestiu a camisa celeste nos anos 70. Melhor: vestiu as duas camisas celestes, a do Cruzeiro e a da seleção de seu país. Quase quatro décadas depois, ele abre uma pequena pasta e tira de lá as fotos que eliminam qualquer possibilidade de descrença. É ele mesmo, com o uniforme da Raposa, excursionando mundo afora.
Roberto Repetto não marcou época no Cruzeiro. Foram 18 jogos entre 1971 e 1972 e apenas um gol feito. Mas o Cruzeiro marcou época para ele. Enquanto guia seu táxi pelas ruas arborizadas de Montevidéu, ele recorda de tempos que não esquecerá.
- Lembro que cheguei lá em um 7 de janeiro. E aí foram três meses de viagem na Ásia, na Oceania, nos Estados Unidos. Aquilo foi lindo. A torcida era linda. Foi incrível. Jogar no Mineirão é inesquecível. Eu tive o prazer de viver um clássico contra o Atlético. Terminou 0 a 0, mas eu nunca mais esqueci.
Repetto jogou com Tostão, “um craque”, segundo ele. Mas o carinho é maior por Dirceu Lopes.
- Nunca vi ninguém igual a ele – garante.
A CBD, hoje CBF, atrapalhou a vida de Repetto no Cruzeiro. Recebido com status de craque, ele jogou menos do que gostaria porque a entidade determinou que apenas um estrangeiro poderia atuar por equipe. E a Raposa também tinha o zagueiro argentino Perfumo, que ficou em Belo Horizonte até 1974, com 138 jogos e seis gols pela equipe mineira.
- Por causa dessa decisão, acabei jogando mais nas excursões. Aproveitei pouco as competições oficiais – lamenta ele.
Repetto começou a carreira no Danúbio, clube do coração dele. Depois, defendeu o Quilmes, da Argentina, antes de ir para o Brasil. Saído do Cruzeiro, rumou para o León, do México, o Nacional, do Uruguai, e o Deportivo Anzoátegui, da Venezuela. Em 1971, teve o privilégio de defender a seleção de seu país. Na quarta-feira, ele será mais um uruguaio na torcida pela classificação para a Copa do Mundo contra a Argentina.
- É difícil, mas vamos conseguir. Vamos conseguir, sim.
Roberto Rebetto, 61 anos, uruguaio, taxista, ex-jogador, ex-centroavante do Cruzeiro, trabalha no Aeroporto de Carrasco. De lá, transporta passageiros por estradas que, pelo olhar dele, são feitas de grama.
- O senhor já esteve no Brasil?
- Morei dois anos lá – responde.
- Ah, é? Fazendo o quê?
- Jogando futebol pelo Cruzeiro.
Aí Roberto deixa de ser simplesmente Roberto. Vira Repetto. No volante do carro, está o centroavante uruguaio que vestiu a camisa celeste nos anos 70. Melhor: vestiu as duas camisas celestes, a do Cruzeiro e a da seleção de seu país. Quase quatro décadas depois, ele abre uma pequena pasta e tira de lá as fotos que eliminam qualquer possibilidade de descrença. É ele mesmo, com o uniforme da Raposa, excursionando mundo afora.
Roberto Repetto não marcou época no Cruzeiro. Foram 18 jogos entre 1971 e 1972 e apenas um gol feito. Mas o Cruzeiro marcou época para ele. Enquanto guia seu táxi pelas ruas arborizadas de Montevidéu, ele recorda de tempos que não esquecerá.
Repetto exibe fotos de sua época como jogador
Repetto jogou com Tostão, “um craque”, segundo ele. Mas o carinho é maior por Dirceu Lopes.
- Nunca vi ninguém igual a ele – garante.
A CBD, hoje CBF, atrapalhou a vida de Repetto no Cruzeiro. Recebido com status de craque, ele jogou menos do que gostaria porque a entidade determinou que apenas um estrangeiro poderia atuar por equipe. E a Raposa também tinha o zagueiro argentino Perfumo, que ficou em Belo Horizonte até 1974, com 138 jogos e seis gols pela equipe mineira.
- Por causa dessa decisão, acabei jogando mais nas excursões. Aproveitei pouco as competições oficiais – lamenta ele.
Repetto começou a carreira no Danúbio, clube do coração dele. Depois, defendeu o Quilmes, da Argentina, antes de ir para o Brasil. Saído do Cruzeiro, rumou para o León, do México, o Nacional, do Uruguai, e o Deportivo Anzoátegui, da Venezuela. Em 1971, teve o privilégio de defender a seleção de seu país. Na quarta-feira, ele será mais um uruguaio na torcida pela classificação para a Copa do Mundo contra a Argentina.
- É difícil, mas vamos conseguir. Vamos conseguir, sim.
Roberto Rebetto, 61 anos, uruguaio, taxista, ex-jogador, ex-centroavante do Cruzeiro, trabalha no Aeroporto de Carrasco. De lá, transporta passageiros por estradas que, pelo olhar dele, são feitas de grama.
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