terça-feira, 13 de março de 2012

Fabinho



Fabinho – Fábio Silva de Azevedo
Volante – 12/01/1970
Nasceu no Rio de Janeiro
Jogou no Flamengo 1990/1995, Campeão Carioca 1991, brasileiro 1992, Mineiro 1996/1997, Copa do Brasil 1996, Libertadores 1997.

18/06/2016: Fabinho ainda vibra com o Cruzeiro de 1996: '20 anos depois e ainda estão lembrando da gente'

Ex-Cruzeiro, Fabinho foi exemplar em campo e deixou baladas para o pós-futebol
Antigo camisa 5, campeão da Libertadores de 1997, destacava-se pela correção



Fabinho não vestiu a braçadeira de capitão do Cruzeiro. Mas poderia. Foi volante de perfil destacado pela correção e profissionalismo, características desejáveis para quem postula ser líder de um grupo.

Ele jogou duas temporadas e meia na Toca da Raposa. Fabinho foi decisivo em uma época de fartura de títulos, dentre eles, a Copa Libertadores de 1997. “Foi especial. Tudo foi bom pelo Cruzeiro. Foi a minha melhor fase”, destaca.

O empenho nos treinos e partidas era grande. A cabeça do ex-jogador ficava focada apenas no futebol. “Você não tem fim de semana e nem feriado. O mundo do futebol é muito diferente”, afirma.

Em 1998, Fabinho se transferiu para o Grêmio. Depois, defendeu também o Fluminense, rival do clube que o formou, Flamengo. Aos 33 anos, veio a aposentadoria.

Todos os anos de carreira consumiram a cabeça de Fabinho. Depois de honrar camisas tradicionais do Brasil, clubes como Internacional, Fortaleza e Portuguesa ainda queriam contar com os serviços do camisa 5. Contudo, ele decidiu que era hora de descansar.

“Podia ter jogado até os 35, mas eu cansei”, recorda. O corpo pedia a aposentadoria. No Fluminense, Fabinho sofreu com as lesões. Mas, o fator principal para a tomada de decisão foi o psicológico. A cabeça também queria o descanso.

Arquivo/Estado de Minas
O ex-volante precisava recuperar todos os feriados e finais de semana “perdidos” na marcação dos armadores adversários. Depois de carregar tanta responsabilidade, pensar em juntar dinheiro para o futuro e outras preocupações, chegou a hora de se divertir.

“Queria sair um pouco, ir para a noite, curtir uma balada. Para você ter idéia, até os 33 anos, eu nunca tinha bebido”, conta. “Eu precisava viajar, ver coisas novas, distrair, ir em festas”.

Fabinho acredita que, se tivesse levado a vida do futebol um pouco menos a sério, poderia ter estendido a sua carreira. “Com os amigos eu comento, que, talvez, eu poderia ter chegado até os 35. Se tivesse saído um pouco mais, minha cabeça poderia estar mais descansada”, reflete.

O ex-volante celeste não se arrepende, entretanto, de ter se doado integralmente para o mundo do futebol. “Não me arrependo. Fiz a minha parte e cumpri o meu papel da maneira que deveria ser”.




Entre 1995 e 1997, pelo Cruzeiro

Fabinho conquistou uma Copa do Brasil, dois Estaduais e uma Libertadores com a camisa celeste. Em 1995, ele foi uma das primeiras apostas da “era Perrella”.

O volante foi trocado por Pingo, em uma negociação que também envolveu o zagueiro Gélson Baresi. Ambos eram do Flamengo.

Com a camisa celeste, Fabinho caiu no gosto do torcedor e era considerado um ídolo. Mas um pequeno desgaste com a diretoria o fez rescindir o contrato no início de 1998.

“Em toda negociação, o Cruzeiro me colocava como possível jogador para ser trocado. Era alguém para chegar e eu para ir embora. E eu não queria deixar o Cruzeiro. Só que achamos melhor rescindir depois para evitar desgastes”, explica.

Fabinho, contudo, ressalta que não se sentiu desvalorizado pelos dirigentes celestes da época. “Meu salário era bom. O presidente Perrella era novinho e começou a ganhar tudo com a gente. O relacionamento é muito bom até hoje e o Cruzeiro sempre honrou todos os seus compromissos. Me valorizavam, até porque dentro de campo eu corria muito também”, diz.

Vida pós-futebol

Depois de se aposentar e de aproveitar um pouco da vida, Fabinho não abandonou completamente o futebol. Além de gerenciar imóveis, ele trabalha com o empresário Lébio Ribeiro, que cuida, dentre outros jogadores, da carreira do armador Camilo, do Cruzeiro.

“Fui me achando devargazinho. Aos poucos, você encontra uma nova ocupação”, afirma.

Jogo histórico

Nas quartas de final de 1997, o Cruzeiro se classificou graças a um gol de Fabinho, no estádio Olímpico. “Dominei no peito e dei um chute cruzado de perna esquerda. Foi muito bonito”, recorda. O primeiro jogo havia terminado em 2 a 0 para a Raposa.


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