quarta-feira, 23 de março de 2011

Edílson


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Nascimento: 17/09/1970, Salvador, BA
Posição: Atacante
Período no Cruzeiro: 2002 

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DA REPORTAGEM LOCAL

O atacante Edílson, pentacampeão com a seleção brasileira na Ásia, acertou ontem sua transferência para o Kashiwa Reysol, do Japão, clube que defendeu na temporada 1996/1997.
Edílson, cujos direitos federativos pertencem ao Flamengo, tinha contrato de empréstimo com o Cruzeiro até o dia 31 de dezembro deste ano. Pela quebra do vínculo contratual, o clube mineiro deve receber US$ 500 mil -este valor corresponde exatamente à metade do que o Kashiwa pagará ao Flamengo, detentor dos direitos federativos de Edílson.
Após 16 partidas e 11 gols pelo Cruzeiro, no qual conquistou a Copa Sul-Minas, Edílson foi contatado por dirigentes do Kashiwa Reysol durante o período em que a seleção brasileira esteve no Japão disputando a Copa-2002.
Para jogar dois anos em sua ex-equipe, o atleta deverá receber US$ 2 milhões.
Edílson trocou o Palmeiras pelo Benfica (POR) em 1996 e, com dificuldades de adaptação, se transferiu para o Kashiwa Reysol. Em 1997, o atacante voltou ao Brasil para defender o Corinthians, participando da conquista do Mundial de Clubes da Fifa em 2000. No mesmo ano, porém, foi para o Flamengo, onde atuou até ser emprestado ao Cruzeiro.










Juarez Rodrigues/Estado de Minas - 23/02/2002
Edílson desequilibrou em clássicos contra o Atlético e o América e foi para a Copa do Mundo

Foram somente 16 jogos, mas o ex-atacante Edílson fez deles o suficiente para deixar seu nome marcado na história do Cruzeiro. Com a camisa celeste, o jogador anotou 11 tentos e foi destaque na conquista da Copa Sul-Minas de 2002. As boas atuações fizeram o ‘Capetinha’ ser convocado para a Seleção Brasileira e participar da seleta lista de atletas cruzeirenses que já foram campeões da Copa do Mundo. Além de Edílson, conseguiram o feito Tostão (1970), Piazza (1970), Fontana (1970) e Ronaldo (1994).

Dez anos depois, Edílson relembra com carinho a passagem pela Toca da Raposa II. Em 2003, porém, quando atuava pelo Flamengo, o jogador foi desafeto da torcida celeste, ao provocar os cruzeirenses na final da Copa do Brasil. No Mineirão, os torcedores mandaram o recado ao Capetinha: “quem tem Alex não precisa de você”.

Arquivo/Estado de Minas - 23/02/2002
Edílson infernizou a defesa atleticana
”Eu devo muito ao Cruzeiro. Eu tive um probleminha depois, no ano seguinte em provocação com a torcida, mas foram coisas do futebol. Disputei uma Copa do Mundo pelo Cruzeiro e não esqueço minha passagem por aqui”, ressalta. O ex-jogador não esquece o clássico disputado contra o Atlético, pela Copa Sul-Minas, em que marcou um gol e desestabilizou a zaga adversária em diversos lances no empate por 1 a 1, assistido por 72.240 pagantes no Mineirão.

”Foi inesquecível para mim aquele clássico contra o Atlético. Não ganhamos o jogo, mas saímos atrás, no segundo tempo, e chegamos ao empate com um gol meu. O estádio estava lotado e a maioria era cruzeirense. Sete ou oito jogadores do Galo receberam cartão amarelo em cima de mim. Eu dei mais de seis canetas nos adversários nessa partida. Isso ficou muito marcado. Sempre que encontro com torcedores do Cruzeiro pelo Brasil eles lembram desse jogo”, revela Edílson.

”Outra partida marcante foi a goleada por 7 a 0 sobre o América. Marquei dois gols e participei dos outros cinco. O América tinha ganhado a Sul-Minas sobre o Cruzeiro um tempo antes e eu encarei aquela partida como um clássico de muita rivalidade, para lavar a alma da torcida”, completa o Capetinha.

Vida de produtor musical

Depois da vitoriosa carreira esportiva, Edílson se cansou dos dribles e das polêmicas extra-campo e resolveu pendurar as chuteiras em 2010, aos 39 anos, jogando pelo Bahia. Atualmente, o ex-jogador é produtor de música baiana e dono de um estúdio em Salvador. Nas horas vagas, o Capetinha se aproveita da fama adquirida no futebol para incentivar crianças carentes no esporte.

”Larguei o futebol profissionalmente, estou cuidando da minha empresa de produção de eventos e do meu estúdio. Estou com um quadro chamado ‘Edílson que o povo gosta’, em uma emissora de TV na Bahia. Estou também auxiliando algumas pessoas na área esportiva, aproveitando minha experiência de futebol, ajudo garotos, tentando mandar para grandes clubes do Brasil, por aqui tem muitos jogadores que não têm oportunidade”, explica.

A carreira profissional de Edílson no futebol durou 23 anos. Foram três títulos brasileiros, um Mundial de Clubes, uma Copa do Mundo, três paulistas, um carioca e uma Copa Sul-Minas, entre outras conquistas. A despeito do currículo vitorioso, o ex-atleta brinca que a vida pós-aposentadoria é muito mais intensa do que a de jogador. ”Estou trabalhando demais desde que me aposentei do futebol, muito mais do que na época de jogador”, diverte-se.

Jogo inesquecível:

Cruzeiro 1 x 1 Atlético

Data: 23/02/2002
Estádio: Mineirão
Público: 72.240 pagantes
Renda: R$ 706.206,50
Árbitro: Wágner Tardelli (RJ)
Gols: Edgar aos 16 do segundo tempo e Edílson aos 23

Cruzeiro: Jefferson, Maicon, Cris, Luisão e Sorín; Fernando Miguel (Recife), Ricardinho, Jorge Wagner (Lúcio); Jussiê (Jorginho Paulista), Edílson e Fábio Júnior.
Técnico: Marco Aurélio

Atlético: Velloso, Baiano, Marcelo Djian, Edgar e Jefferson; Gilberto Silva, Djair, Cleison (Bosco) e Rodrigo; Marques e Guilherme.
Técnico: Levir Culpi

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