Nome completo: Welington Tavares Fajardo
Posição: Goleiro
Nascimento: 11/05/1961, Leopoldina, MG
Carreira: América-MG, Cruzeiro, Villa Nova GO, São José SP, América SP, Villa Nova MG
Wellington Fajardo foi um dos vários goleiros promissores que passaram pela Toca da Raposa nos anos 80. Assim como Gomes e Ademir Maria, Wellington chegou a fazer parte de boas equipes cruzeirenses. Com 80 partidas no currículo, ele é o 15º. entre os 90 goleiros que mais jogaram com a camisa do Cruzeiro. Lá na Toca da Raposa, Wellington comemorou o título mineiro de 1987, o vice-campeonato da Supercopa da Libertadores em 1988 e as conquistas dos internacionais "Torneio Cidade de Pamplona?, "Torneio Cidade de Alicante? e "Torneio Cidade de Madri?.
Wellington Fajardo começou a carreira no América Mineiro em 1978. Ficou lá até 1986. Em 1985, foi considerado o melhor goleiro de Minas Gerais, ganhando o Troféu Guará, concedido aos melhores jogadores de cada posição.
Em 2008, Wellington foi campeão da Taça Minas Gerias treinando o Tupi. Antes, ele já havia dirigido a Francana-SP e o Democrata de Governador Valadares-MG.
Por Rogério Micheletti e Sérgio Quintella
Defesas de Wellington Fajardo
07/01/2016: Welligton Fajardo no Arena Alterosa
1986. 3x2 Espanha contra o Ossasunhe em Pamplona
Esse é um jogo no Centenário do Celtic Ranger Escócia.
Entrevista ao Blog do Nei Medina:
Detalhe: clique nas fotos para ampliá-las.
Wellington Tavares Fajardo( Etinho) é filho de Welington Miranda Fajardo(o Guarda) e Marilis Tavares Fajardo. Casado com Ivelise Henriques Fajardo e pai de Vítor e Lucas Henriques Tavares Fajardo, Etinho é natural de Leopoldina-MG, mas já recebeu título de Cidadão Saojoanense. Em São João passou sua infância atuando nas categorias de base do Botafogo e Mangueira.
Wellington Tavares Fajardo( Etinho) é filho de Welington Miranda Fajardo(o Guarda) e Marilis Tavares Fajardo. Casado com Ivelise Henriques Fajardo e pai de Vítor e Lucas Henriques Tavares Fajardo, Etinho é natural de Leopoldina-MG, mas já recebeu título de Cidadão Saojoanense. Em São João passou sua infância atuando nas categorias de base do Botafogo e Mangueira.
“ Morei em São João até meus 16 anos e joguei no Mangueira e Botafogo. Mas, não posso deixar de ressaltar que minha iniciação esportiva foi no Instituto Barroso onde havia muito incentivo a prática esportiva de todas as modalidades. Inclusive futebol onde tive oportunidade de atuar várias vezes.”
Nesta época, antes das partidas, qual atacante “tirava-lhe o sono” ?
- Eram muitos atletas de excelente qualidade técnica. Difícil destacar um, mas posso mencionar o Carrada, Deuver, Carlinhos Rocha, Bolotinha, Bengó e tantos outros que peço desculpas por não citar, senão ficaria só nessa pergunta...
Ainda em São João, uma partida que ficou marcada em sua memória?
- Por incrível que pareça, o jogo que ficou marcado na minha memória foi entre Instituto Barroso e Augusto Glória. Eu defendia o Instituto Barroso e a partida terminou empatada em 2 a 2. Fomos para os pênaltis e eu peguei o último que deu o título do torneio ao Instituto Barroso. Fui cumprimentado dentro de campo pelo Sr Ubi Barroso, por quem tínhamos respeito e admiração. Foi um momento de muita emoção.
De pé: Buzina, Pedro, Joaquim, Júlio Macu, Antônio Carlos Albertoni, Bolinha, Etinho, Valmir Pilão, Dé, Serginho, Maurício e Juarez.
Agachados: Marquinho do Cid, Eduardo “pega vivo”, +Carlinhos Rocha, Bacalhau, Eduardinho, Barriquinha, Carioca, Pimentinha e Bolotinha.
São João para Belo Horizonte, como foi esta transição? Em que ano foi; quem te levou e pra qual equipe?
- Foi em Fevereiro de 1978 através do José Américo Campos, conselheiro do América Mineiro. Fiz um período de teste e fui aprovado, retornando dia 05 de Março de 1978 como jogador da equipe sub 17 do América. Não é fácil você largar família, amigos e a cidade onde foi criado. Mas minha determinação era tanta que essa transição foi tranquila, pois tive o apoio do meu pai e minha mãe que sabiam do meu sonho de me tornar um atleta de futebol profissional.
Nas categorias de base do América, em qual momento ( ou depois de qual temporada ) você sentiu que a chance de se tornar um jogador do futebol profissional estava próxima?
- Tudo é muito difícil, e eu naquela fase de categoria de base já agia como profissional, tanto dentro quanto fora de campo. Tentava aproveitar todas as oportunidades com muito empenho em qualquer chance que tinha de mostrar meu futebol, mas teve um jogo da equipe sub 20 do América contra o Cruzeiro no Mineirão, preliminar de um clássico, e eu fui escalado como titular mesmo com 17 anos. Ganhamos o clássico de 1 x 0, eu fiz uma boa partida numa categoria acima da minha. Acredito que a partir daí as portas do clube foram se abrindo. Também teve uma convocação para a seleção mineira sub 20 que foi dando crédito para os diretores me observarem com mais atenção.
Em que ano fez a primeira partida no “time de cima” do América? E quando assinou seu primeiro contrato como jogador profissional?
- Em 1979, eu ainda era juniores e estava na reserva do profissional quando o goleiro Hélio machucou e eu tive que entrar no intervalo. O jogo foi contra o Guarani de Divinópolis pelo Campeonato Mineiro. Assinei meu primeiro contrato profissional em março de 1981 e atuei como profissional pelo América até julho de 1986 quando o Cruzeiro comprou meu passe. No total, entre categoria de base e profissional, defendi o América por 9 anos. Como profissional, defendi o clube por 158 jogos.
Receber o Troféu Guará no ano de 1985 (título concedido ao melhor goleiro do certame), “superando” os já consagrados João Leite do Atlético e Luís Antônio do Cruzeiro, foi o momento mais marcante em toda sua carreira?
- Foi até aquele momento da minha carreira o momento mais importante. Principalmente por ter como concorrentes os goleiros acima citados, principalmente o João Leite que já vinha sendo convocado para a seleção brasileira daquela época.
RECEBENDO O TROFEU GUARÁ
8 - Em que ano você chegou ao Cruzeiro, quais campeonatos disputou, quantos títulos conquistou e quantas atuações com a camisa celeste?
- Cheguei em Julho de 1986 e joguei pelo Cruzeiro exatos 80 jogos. Sou o 15º goleiro que mais jogou com a camisa do Cruzeiro dos 90 goleiros que passaram pelo clube. Pode parecer pouco, mas atuar por um gigante do futebol brasileiro, onde a cobrança é muito grande não foi fácil. Principalmente numa época que marcou a transição vitoriosa do Cruzeiro, já que no final dos anos 80 e a partir dos anos 90 foi que o clube superou, em muito, as conquistas do seu principal rival que é o Atlético. Ganhamos o Campeonato Mineiro em 1987, também, em 1986 e 1988, fizemos excursões pela Europa onde fomos campeões de vários torneios importantes, colocando o Cruzeiro novamente em evidência naquele continente. Além de termos em 1988 sido vice-campeões da 1º Supercopa da Libertadores da América perdendo para o Racing da Argentina na final. Chegamos também nas Semifinais do Campeonato Brasileiro de 1987 perdendo para o Internacional que depois perderia o título para o Flamengo.
“ Hoje foi meu dia ! ” No futebol profissional, qual partida você terminou com este sentimento?
- Sem dúvida foi a partida de ida da semifinal da Supercopa da Libertadores em 1988 contra o Nacional de Montevidéu. Apesar da derrota, ganhamos no jogo de volta no Mineirão e fomos a final.
A competição Super Copa dos Campeões das Libertadores em 1988 foi a mais importante de sua carreira? Fale um pouco deste torneio.
- Foi sim, principalmente por aquela competição só contar com as equipes que já tinham sido campeões da Libertadores até aquela data. Portanto, somente times tradicionais e importantes da América do Sul. Ganhei a condição de titular no segundo jogo contra o Independiente da Argentina e mantive até a final. Aquele foi um grupo que merecia o título, pois, tínhamos o Careca na Seleção Brasileira em grande fase. Mas pegamos na final um Racing que possuía um grande time. O goleiro Ubaldo Fillol, o zagueiro Oscar Ruggeri da seleção Argentina, Mendonza ponta esquerda da Seleção Paraguaia e Rubens Paz da seleção Chilena. Mas no fundo, apesar de tudo, fica a decepção de termos chegado tão próximo e não conseguirmos o título de campeão.
Você jogou contra o atacante Reinaldo? Ele foi o mais talentoso entre todos os enfrentados?
- Joguei muito contra o Reinaldo, tanto defendendo o América quanto o Cruzeiro. Mas foi uma época difícil para os goleiros mineiros já que também no Atlético tinha grandes chutadores como Éder e Nelinho. Destaco, também, Evérton e o Zenon, que não tinham tanta fama mas foram excelente jogadores.
De pé: Ademar, Balu, João Batista, Geraldão, Wellington e Andrade.
Agachados: Robson, Douglas, Eduardo, Ernani e Edson 2
“ São João um celeiro de craques de futebol.” No mesmo período que você esteve no Cruzeiro, o Adil, Zé Luiz e Kilin também estavam lá. Antes, Piorra e Claudinho Manzo atuaram nas equipes da base. Na sua opinião, o que mudou para os dias atuais onde não conseguimos mais esta façanha? Foi a safra?
- Não é só a safra. Muita coisa mudou, principalmente, no futebol que se joga hoje. Nesta época em que você citou o jogador que não tinha técnica apurada passava vergonha, pois o nível era muito alto. Hoje é diferente, se destaca o jogador que tem boa condição física, inteligência tática e intensidade de jogo. Também, tem muita diferença no sentido extra campo. Imagina bem: naquela época fui levado por um conselheiro do clube para fazer teste e minha transferência do América para o Cruzeiro foi feita de presidente para presidente. Coisa inimaginável nos dias de hoje. O futebol atual está cheio de pessoas que entendem de negócio e não do jogo propriamente dito. Embora estando num país democrático e livre que todos têm os mesmos direitos, mas a interferência dos agentes, empresários e procuradores de atletas modificaram muito as avaliações de quem é bom, médio e ruim. Na minha opinião, no futebol atual, nem sempre jogam os melhores jogadores e o mesmo acontece com os treinadores. Os interesses comerciais estão acima do jogo; situação que eu discordo totalmente e tenho tido problemas na minha carreira como treinador por fazer sempre prevalecer à qualidade técnica e física do atleta. Enfim, vou continuar fazendo a minha parte no que acho correto e esperando que um dia as coisas mudem nesse sentido.
Depois do Cruzeiro, quais equipes você defendeu até o encerramento da carreira?
- Villa Nova GO, São José SP, América SP, Villa Nova MG e já no final da carreira terminei jogando em outros times do interior de MG.
JUNTO DE SUA COMISSÃO TÉCNICA - TUPI 2008
Quando apareceu a primeira oportunidade para iniciar a carreira de treinador de futebol?
- Eu comecei como treinador em 2001 no Tupi, mas fiz algo diferente depois de ter passado por outras equipes. Decidi que era hora de agregar valores ao meu currículo, já que era apenas um ex atleta de futebol treinando equipes. Em 2005 iniciei o curso de Educação Física na Universidade Salgado de Oliveira e me formei em 2008. Neste mesmo ano voltei a trabalhar no Tupi e fomos Campeões da Taça Minas Gerais vencendo o América na final. O mundo do futebol não se importa muito com a qualificação dos seus treinadores, e sim o que é mais conveniente. Mesmo sendo ex atleta, tendo trabalhado com vários treinadores de renome nacional e ainda tendo uma formação acadêmica, esperava que pudesse dar um salto de qualidade na minha carreira; mas não houve mudança. O mercado do futebol não se importa com a formação de seus treinadores.
Até aqui, quais equipes já comandou e qual o momento mais importante nesta nova função?
- Tupi 4 vezes, Uberlândia 5 vezes, Democrata 2 vezes, Villa Nova 2 vezes, Sobradinho e Francana. O título da Taça Minas Gerais foi um marco pra mim e para o Tupi, pois até então foi o primeiro título do clube na primeira divisão. Mas ter conseguido tirar o Uberlândia do rebaixamento em 2009, pegando a equipe com zero ponto na quarta rodada e ainda classificando para a série D, foi muito importante. Este ano também, foi bom, pois classificamos o Villa Nova para a Copa do Brasil de 2016 e Campeonato Brasileiro da série D de 2015.
16 - É um sucesso a Escola de Futebol Welington Fajardo. Fale deste projeto.
- Foi um projeto iniciado em 2010 pelo meu filho Lucas Fajardo e eu o auxiliando. Começamos com muita dificuldade e hoje o projeto se expandiu, se tornando altamente social, dando oportunidade há várias crianças que não tinham. Temos como lema: “Ensinando mais do que jogar futebol”. Pois, nem todos poderão se tornar atletas de alto nível, mas a formação do cidadão é a nossa prioridade.
AMÉRICA-MG - CACAU, JOÃO BATISTA, ERALDO, GERALDO, RENATO e WELLINGTON.
ADILSON, MARQUINHOS, IDEVALDO, PALHINHA e ALMIR.
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