quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Tostão II


CRUZEIRO CAMPEÃO MINEIRO DE 1984 - Em pé: Douglas, Geraldão, Aylton, Carlos Alberto, Luiz Cosme e Vítor; Agachados: Carlinhos, Tostão, Eduardo, Carlos Alberto Seixas e Joãozinho.
Crédito: Arquivo Placar
Extraído do Site Superesportes







O nome Luís Antônio Fernandes é pouco conhecido no futebol nacional, mas o apelido de Tostão II, herdado do craque da Copa de 1970, fez com que o meia ganhasse destaque no cenário brasileiro com as camisas de Santos, Cruzeiro e Coritiba. Vendido para o time celeste na década de 80, o camisa 10 disse que o codinome idêntico ao ídolo do passado lhe fez ser bem recebido pela torcida. “Em relação ao Cruzeiro, o apelido me ajudou bastante. Principalmente, porque teve um jogo em que eu fiz dois gols no Atlético. Quem é do Cruzeiro e faz gols no rival, ganha tranquilidade para trabalhar e paz com a torcida”, disse o armador, ao Superesportes. Tostão II passou quatro anos na Toca da Raposa. Ele exalta a organização encontrada no Cruzeiro e recorda como foi a negociação no período. “Eu vim do Mixto de Cuiabá em 1982 e houve uma mudança brusca no grupo do Cruzeiro no momento em que eu cheguei. Jogadores de alto nível como o Joãozinho saíram. Nós havíamos ganhado do clube no Brasileiro de 82, em Cuiabá, e depois fui contratado pelo time. Eu vim para o regional e participei de uma viagem para a Europa”, afirmou. Os gols em jogos importantes foram outra marca do camisa 10 durante os tempos de Cruzeiro. Ele cita tentos importantes diante de rivais tradicionais. “Eu cheguei e passei dois meses treinando antes de estrear. Tive as primeiras chances numa excursão no exterior, mas a minha marca foi deixada em jogos importantes. Fiz gols em América, Atlético e São Paulo”, completou. Divulgação/Cruzeiro Meia jogou no Cruzeiro entre 1982 e 1985 Apesar de nunca ter encontrado o ‘dono de seu apelido’, Tostão II conta como passou a ser conhecido dessa forma. “O Tostão vem da época em que joguei em Santos. Eu fiz um gol num campeonato amador, e o Tostão (original) havia feito um gol de falta, cerca de uma semana antes, e acharam que o gol era igual ao que eu tinha feito. Mas o nosso futebol não tinha nada a ver. Eu nem era canhoto. Mas posso dizer que em relação ao Cruzeiro, ser chamado de Tostão me ajudou bastante. Graças a Deus, eu peguei o nome dele.”, citou o jogador. Os anos em que vestiu o uniforme azul foram completados por um título no Cruzeiro. Tostão II foi campeão mineiro em 1984. Ele rememora o imbróglio judicial que culminou com a decisão daquele ano. “Fomos campeões na Justiça. Havíamos ganhado o primeiro turno e o Atlético venceu o segundo. Na hora do desempate, vencemos o primeiro jogo da final por 4 a 0 e o Atlético, na segunda partida, fez 1 a 0. Eles achavam que isso representava dois resultados iguais (uma vitória para cada lado), mas estava claro que não era, pois tinha o saldo de gols. Ainda bem que vencemos na Justiça”, ponderou. Apesar de só ter conquistado um título na Toca, o jogador fez vários elogios ao período em que atuou em Minas. “Quero agradecer ao Cruzeiro. Foi o melhor clube que participei. Me deixou no auge do cenário nacional”, disse. Tempos de Coritiba A passagem por Minas Gerais foi proveitosa, simbolizada pelo título estadual de 1984, mas foi com o uniforme do Coritiba que o atleta ganhou fama. As atuações com a camisa do Coxa colocaram Tostão II no hall de ídolos do clube. “O Coritiba queria alguém para a Libertadores e eu vim parar aqui em 1986. No início, estranhei a forma de trabalho no Sul. Nos treinamentos, o nível físico daqui era muito mais forte que o do Cruzeiro. Mas em pouco tempo em me adaptei e formamos aquele belo time”, revelou. No mundo do futebol A aposentadoria de Tostão II foi com um título. Ele fez parte do grupo do Rio Branco, de Paranaguá, que subiu para a Primeira Divisão do Paranaense em 1999. O armador relembra o fim da carreira. "Eu parei de jogar com 39 anos, achei que era o momento e ainda bem que foi com um acesso. Hoje, trabalho com uma escolinha de futebol do Coritiba. Estou há 12 anos nessa função”, finalizou

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