Nome: Pedro Paulo Teles Marcelino
Posição: Lateral-direito
Nascimento: 15/08/1945- 14/02/2008
Local de Nascimento: Pedro Leopoldo MG
Período No Cruzeiro: 1963-1974
Jogos: 393
Gols: 4
PEDRO PAULO – lateral direito
Pedro Paulo Teles Marcelino nasceu em Pedro Leopoldo-MG, no dia 15/08/1945.
Atuou de 1963 a 1974 – 393 jogos, 4 gols.
Veio para os juniores do Cruzeiro, em 1963. Foi promovido a profissional em 18/06/1964, juntamente com o goleiro Valdir e o meia Dirceu Lopes.
Conterrâneo de Dirceu Lopes, seu companheiro de meio de campo no time juvenil do Cruzeiro, campeão mineiro de 1964.
Pedro Paulo construiu uma carreira tecnicamente irrepreensível. E ainda ficou, para sempre, no imaginário da torcida como símbolo da raça celeste. Foi ídolo da torcida por encarnar o velho espírito de luta palestrino. Era o contraponto num time de virtuoses. Lembrava mais o estilo dos raçudos Souza e Adelino do que do sucessor Nelinho, jogador de futebol refinado.
Pedro Paulo destacou-se pela força física, pelo jogo simples e objetivo e pela facilidade com que subia ao ataque, algo incomum entre os laterais de sua geração. Nessas ocasiões, o ponteiro Natal deslocava-se para receber seus cruzamentos perfeitos.
Jogava duro, mas sendo leal. Na disputa frontal, ele era um terror para os ponteiros rivais.
Começou nos amadores do Social Olímpico Ferroviário, do Horto. Pepê, como era chamado por colegas e torcedores, jogou como centromédio do Industrial, de Pedro Leopoldo. Quem o deslocou para a lateral-direita foi Mário Celso de Abreu, o Marão, treinador do Cruzeiro em 1964.
Pedro Paulo já havia experimentado o gostinho de jogar entre os titulares, em 1963. Mas só depois da campanha do time juvenil e da saída de Massinha surgiu a oportunidade de integrar a Academia Celeste que assombraria o país entre 1965 e 1970.
Suas atuações lhe valeram as convocações para a Seleção Mineira de 1967 e 1970. Em 1968, vestiu a camisa da Seleção Brasileira em vitória por 3 x 2 sobre uma Seleção mista da Argentina, em amistoso disputado no Mineirão. A equipe foi composta por nove jogadores do Cruzeiro, reforçada por Djalma Dias e Oldair, ambos do Atlético-MG.
Sofreu uma grave contusão, num clássico contra o Atlético, em 21/05/1972, quando recebeu uma pancada do lateral-direito Cláudio Mineiro. Teve ruptura total dos ligamentos, que o deixou quatro meses afastado dos gramados. Com a contratação de Nelinho em 1973 perdeu a posição e quando retornou a equipe foi improvisado como zagueiro e volante.
Ainda como jogador do Cruzeiro chegou a ser emprestado a Caldense para disputar um amistoso contra o São Paulo, em 1973. Deixou o Clube em fevereiro de 1974 e antes de encerrar a carreira defendeu Atlético-PR, Paysandu, União Bandeirantes-PR, Emelec-EQU, Vitória-BA e Santa Cruz-PE. Ele ainda foi treinador da equipe júnior do Sete de Setembro, entre 1984 e 1989.
Procópio disse: “De um lado, o calmo Neco a quem às vezes tínhamos de acordar em campo. Do outro o vigoroso Pedro Paulo a quem, a gente pedia, quase sussurrando: Calma, PP, calma, amigo… ”
Em seu livro Lembranças, Opiniões e Reflexões sobre Futebol, Tostão revela um pouco mais do jovem Pedro Paulo: “Quando o Cruzeiro se tornou uma equipe famosa, os jogadores passaram a satisfazer seus sonhos de consumo. Pedro Paulo foi o mais corajoso. Comprou um Ford Galaxie. O problema era chegar à sua modesta casa: ele tinha de entrar com o carrão na terra, às vezes lama.”
Afora, os clássicos contra o Atlético-MG, quando simplesmente erguia uma muralha em seu setor irritando os rivais, uma das maiores atuações de Pepê foi contra o Fluminense, no Maracanã. Enquanto Tim ia gastando seus ponteiros sem qualquer resultado, Pedro Paulo tomava conta do jogo. Defendia, atacava, cruzava com perfeição. E recebia elogios da exigente crônica esportiva carioca. Esse jogo resume a carreira do grande lateral.
Campeão pelo Cruzeiro: Campeonato Brasileiro 1966; Campeonato Mineiro 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1972 e 1973; Taça Minas Gerais 1973; Campeonato Mineiro Junior 1964
Seleção Mineira: convocado para amistosos contra a Seleção Carioca e Paulista, pelo técnico Marão, em 13/09/1967; amistoso contra a Seleção Carioca (1 a 1) em 03/06/1971
Seleção Brasileira: amistoso contra uma Seleção Mista da Argentina (3 a 2), em 1968, no Mineirão
Encerrou a carreira no Náutico em 1974.
No dia 14/02/2008 faleceu devido a um acidente vascular cerebral. Tinha 62 anos e estava internado no Hospital João XXIII desde o último dia 25/12/2007.
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Biografia
Pedro Paulo
Pedro Paulo (esq) foi o lateral-direito em 1966. Ele era chamado pela torcida de 'PP', e era conhecido pela marcação forte. Nos jogos no Mineirão, os torcedores celestes entoavam o apelido do jogador para intimidar os craques adversários. Ele faleceu em 2008 na capital mineira.
alguem conhece algum parente de pedro paulo? pois tenho uma duvida para esclarecer com a familia
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