Posição: Ponta-direita Nascimento:
Local de Nascimento:
Período No Cruzeiro:
O ex-ponta-direita Natal foi outra peça importante em 1966. Ele formou o ataque celeste com Evaldo e Hilton Oliveira. Atualmente, o ex-atleta reside em Belo Horizonte. O último cargo foi como secretário de esportes em São Gonçalo do Rio Abaixo.
Revista Placar 1970
“Natal é valente, rápido, sabe ir
à linha de fundo e cruzar. Penetrar com perfeição pelo meio da área quando
pressente uma brecha. Eu realmente lamento a saída dele, mas não posso
discordar das decisões da diretoria. (Hilton Chaves, técnico do Cruzeiro).
-Tenho trabalhado demais com
Natal. Ele hoje é muito diferente do menino irrequieto de antes. Casou e está
muito mudado, por isso é muito fácil colocá-lo em excelentes condições físicas
na hora em que Aimoré quiser escalá-lo (Paulo Benigno), preparador físico do
Cruzeiro).
-Natal está em ótimas condições
de saúde. Pode jogar quando quiser. (Neilor Lasmar, médico do Cruzeiro).
Se Natal é tão importante para a
direção técnica do seu ex-clube, porque permitiram a sua saída?
-Essa foi a transferência que
pedi a Deus. Não tenho anda contra o Cruzeiro. Só não gosto mesmo é do Flávio
Costa, tipo de homem chato. Desde que chegou a Minas começou a implicar comigo.
Quer ser o dono do Cruzeiro (Natal, atual ponta-direita do Corinthians).
Outra coisa importante na vida de
Natal é também a total falta de ambiente com a torcida do clube. Se todos da
direção técnica sabem da sua mudança de comportamento depois do casamento, a
verdade é que isto não foi suficiente para apagar a imagem de irresponsável que
ele tinha antes. Por causa desta imagem, virou bode expiatório de todos os
erros do time. Natal sabia disto. Tinha perdido o seu jeito brincalhão, gozador
de contador de piadas.
Estou satisfeito, vou jogar no Corinthians,
um time que tem torcida que precisa de vitórias e títulos. E é isso que eu
quero ajuda-la a conquistar. Assim vou mostrar a toda à torcida do Cruzeiro que
o meu futebol não acabou. Natal vem para o Corinthians na base do empréstimo
por quatro meses. Vai ganhar CR$ 6.000,00 mensais entre luvas e ordenado. Se,
no fim dos quatro meses houver interesses, o Cruzeiro topa uma nova conversa,
desta vez então para acertar definitivamente.
As despedidas de Natal no
Cruzeiro começaram logo que Carmine Furletti, diretor de futebol, foi lhe
comunicar que havia acertado sua transferência para o Corinthians.
-Veja, Biruta (Tostão), você
perdeu seu melhor companheiro. Adeus.
Tostão deu um sorriso, bateu nas
costas de Natal, desejou-lhe felicidades.
-Não brinca com o Rivelino. Ele é
um garotão sério. E cuidado com as tuas piadas, paulistinha. Natal de Carvalho
Boroni é mineiro de Belo Horizonte, 25 anos. Desde os primeiros chutes no
juvenil do Barreiro, bairro operário de Belo Horizontes, ele vinha mostrando um
futebol certo, eficiente. Em 64 foi campeão juvenil ao lado de Tostão, Dirceu
Lopes e Pedro Paulo. Com eles Natal passou a titular do Cruzeiro em 1965.
-Fiz dezenoves jogos pela
Seleção, agora acho que o Corínthians pode me ajudar a voltar à Seleção outra
vez. Não ganhei muito com o meu passado e com o meu gênio brincalhão. Não me
entendiam. Agora tudo vai mudar.
Natal acredita na sua chance.
-Veja só: o Jairzinho corre
demais com a cabeça baixa. Vaguinho perde para mim no toque de bola. Ainda sou
o melhor ponta do Brasil. Quanto ao Lindóia, devagarinho, devagarinho, vai me
entregando a 7 do Corínthians.”
Arthur Ferreira
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