terça-feira, 5 de junho de 2012

Gonçalves



Passagem pelo Cruzeiro

Gonçalves revela que foi constrangedor substituir Gottardo no Mundial de 1997 Zagueiro esteve no lugar de ex-colega no jogo entre Cruzeiro e Borussia Dortmund Luiz Martini - Superesportes

Um dupla de zaga que conquistou o Brasileiro de 1995, pelo Botafogo. O Cruzeiro poderia ter reeditado a parceria entre Gonçalves e Gottardo, dois anos depois, na final do Mundial Interclubes, contra o Borrussia Dortmund. Só que a direção celeste optou em levar o recém-contratado para o Japão e deixar o capitão do clube no torneio continental, Wilson Gottardo, em Belo Horizonte.
Depois de 15 anos, o ex-zagueiro contou ao Superesportes que ficou incomodado em substituir o defensor campeão da Libertadores pelo time estrelado. “Foi uma situação constrangedora, mas quando eu cheguei em Belo Horizonte, eu achei que o Cruzeiro tinha me contratado para reeditar a dupla de zaga campeã do Brasil em 1995, com o Gottardo. Mas para a minha surpresa, quando eu assinei o contrato, a diretoria me falou que eu estava indo para substituí-lo, para mim foi constrangedor. Mesmo estando com ele depois, nunca conversei isso com o Gottardo. Não sei quais foram as divergências que ele teve com a diretoria do Cruzeiro”, confessou.
Na ocasião, além do zagueiro, a Raposa contratou o lateral-direito Alberto, e os atacantes Bebeto e Donizete Pantera para o jogo em Tóquio. As contratações de última hora não surtiram o efeito esperado e, além de causar um clima tenso no grupo, o time estrelado voltou da viagem com uma derrota por 2 a 0. O defensor explicou o motivo de ter aceitado o contrato de três meses, para jogar somente a decisão.
“Cheguei só para esse jogo. Na verdade, para mim, na época era uma oportunidade maravilhosa por estar na Seleção e ter chance de me firmar com o Mundial Interclubes. Como apareceu esse interesse do Cruzeiro, eu não podia perder a oportunidade de jogar uma final de Mundial e ser campeão, era uma oportunidade única. Quanto mais que eu já tinha uma idade avançada”, frisou Gonçalves, que garantiu que as chances de título seriam maiores se ele tivesse atuado ao lado de Gottardo.
“Eu joguei com o João Carlos, que na época era um zagueiro mais novo. Se eu tivesse atuado com o Gottardo, eu acho que teríamos mais chances de ter vencido aquele jogo. Mas foi muito bom vestir a camisa do Cruzeiro. Foi uma experiência única na minha carreira. O Cruzeiro já tinha uma estrutura fantástica naquele período, era uma das melhores onde trabalhei”, completou.
Se eu fosse dirigente...

Questionado se a postura do presidente do Cruzeiro no período, Zezé Perrella, em contratar atletas apenas para uma partida era viável, o ex-jogador não concordou com a atitude do mandatário, a não ser que o acordo tivesse sido feito com mais antecedência.
“Sinceramente, nós tivemos apenas um mês de preparação. Lógico que dentro de uma estrutura de uma equipe, uma espinha dorsal, um zagueiro, um meia e um atacante de renome fazem diferença. Eu entendo que, naquela ocasião, trocar o Gottardo, capitão do time, jogador experiente, por mim, não seria vantajoso. Eu, como dirigente, não teria feito. A não ser que fosse feito muito tempo antes, no mínimo uns cinco meses”, comentou.
Camisa Canarinho
Apesar de não ter sido titular absoluto na Seleção Brasileira, Gonçalves participou de momentos importantes pelo Brasil. A situação mais marcante foi na Copa de 1998. Ele relembra o episódio vivido por Ronaldo Fenômeno, que passou mal horas antes da final do Mundial, onde o Brasil perdeu para a França por 3 a 0.
“Ele (Ronaldo) teve aquela convulsão. Até hoje a medicina não conseguiu explicar. Aquilo abalou muito o grupo. Eu presenciei o momento em que ele passou mal, foi um quadro desesperador. Os jogadores começaram a gritar pedindo a presença do médico, aquilo influenciou muito no baixo rendimento da equipe na final. A França tinha um excelente time, mas poderia ter sido diferente se ele não tivesse a convulsão”, afirmou Gonçalves, antes de revelar a atitude explosiva de Edmundo no vestiário do estádio em Saint-Denis.
“O Zagallo colocou ele (Ronaldo) em campo porque ele garantiu que estava bem, mas estávamos preparando o Edmundo, psicologicamente, pois ele iria substituí-lo. Mas quando o Ronaldo voltou, ele apelou e soltou os cachorros no vestiário. Gritou e ficou nervoso. Ele era um jogador muito explosivo”, citou.
'Rebolada' do Edmundo
No Campeonato Carioca de 1997, uma rebolada de Edmundo, na linha lateral, antes de um arremesso, à frente de Gonçalves, se tornou uma imagem frequente quando o assunto é provocação no futebol. Ao comentar o fato, o ex-zagueiro garantiu não ter mágoa, e agradeceu o título daquele Estadual à gracinha do Animal.
“Aquele lance ali foi a melhor coisa que poderia ter acontecido com a equipe do Botafogo. Criou um fator motivacional diferente, importante naquele momento. Nós tínhamos conquistado dois turnos invictos do Carioca, mas perdemos para o Vasco num momento de queda nossa, e de ascensão deles. Mas aquele episódio mexeu com a gente e revertemos a vantagem na segunda partida, e ficamos com o título. O grupo deles era forte. Tanto que o Vasco foi campeão brasileiro daquele ano. Aquele provocação do Edmundo fez com que nos superássemos para vencer o campeonato", finalizou.
Vida após o futebol
Profissional dedicado à vários ramos, Gonçalves administra o tempo de comentarista esportivo, com a gestão de uma escolinha de futebol e uma empresa de consultoria esportiva. Ocupado com diversas atividades, o ex-atleta garante que o foco nos estudos é seu objetivo mais importante no momento.
“Estou cursando o meu segundo MBA em gestão esportiva. Quero focar nos estudos para ter mais conhecimento para exercer os meus compromissos e ser um bom gestor. Já na minha escolinha, que tenho há 15 anos, revelamos alguns atletas como os filhos do Mazinho, que passaram por aqui e hoje estão na Espanha. O Adrian, do Flamengo, também jogou comigo por muito tempo. Aliás, vários filhos de ex-jogadores, como Romarinho, Matheus (Bebeto). Para completar, comento esporte no CNT, diariamente. A gente cobre os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro”, disse



  Carreira

Marcelo Gonçalves Costa Lopes, conhecido apenas como Gonçalves (Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1966), é um ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro. Jogou no Flamengo, Botafogo e Internacional.
Carreira Revelado no Flamengo em 1987, Gonçalves fez história em outro clube carioca, o Botafogo. Esteve presente nas conquistas do bi-campeonato carioca de 1990, no Campeonato Brasileiro de 1995, no Campeonato Carioca de 1997 e no Torneio Rio-São Paulo de 1998. Zagueiro seguro nas bolas rasteiras, chegou à Seleção Brasileira em 1996 e foi reserva na Copa do Mundo de 1998, onde participou somente de dois jogos: na derrota para a Noruega, na primeira fase, e na fácil vitória sobre o Chile, nas oitavas-de-final. Ficou famoso pelos longos cabelos que usou durante grande parte da carreira, que só foram cortados durante a Copa das Confederações de 1997, quando, nas semi-finais, toda a Seleção entrou em campo com a cabeça raspada. além de Flamengo e Botafogo, Gonçalves também jogou no Santa Cruz, Universidad Guadalajara (do México), Cruzeiro e Internacional. Atualmente, esta como comentarista da versão carioca do Balanço Esportivo, da Rede CNT e da Rádio Transamérica Rio de Janeiro. [editar] Titulos Flamengo * Brasil Campeonato Brasileiro: 1987 * Rio de Janeiro Taça Guanabara: 1988,1989 * Torneio EL Gabón:1987 * Torneio Internacional de Angola: 1987 * Espanha Troféu Colombino: 1988 * Copa Kirin: 1988 * Copa Porto de Hamburgo:1989 Botafogo * Rio de JaneiroCampeonato Carioca: 1990,1997 * Rio de JaneiroTaça Guanabara: 1997 * BrasilCampeonato Brasileiro: 1995 * Brazil Region Sudeste.svgTorneio Rio-São Paulo: 1998 * Rio de Janeiro Taça Rio: 1997 * Torneio da Amizade de Veracruz: 1990 * Espanha Troféu Teresa Herrera: 1996 * '''Torneio Presidente da Rússia:1996 * Copa Rio-Brasilia: 1996 * Rio de Janeiro Torneio da Capital da Copa Rio: 1995 * Rio de Janeiro Taça Cidade Maravilhosa: 1996 UAG Tecos * MéxicoCampeonato Mexicano: 1993/94 Seleção Brasileira * South America satellite plane.jpgCopa América: 1997 * Globo terraqueo 3.gif Copa das Confederações: 1997

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